Ultraderechas y redes transnacionales: (re)pensar desde la Historia Global

Abstract

Este trabajo analiza el ascenso de las nuevas ultraderechas desde una perspectiva de Historia Global, explorando sus interconexiones y factores causales de escala mundial. Se argumenta que estas fuerzas, diversas y contextuali-zadas, forman parte de un ciclo histórico global vinculado a la crisis de la globalización como estructura histórica y al declive de un orden liberal hegemónico a partir de la crisis de 2008. Mediante redes transnacionales descen-tralizadas, pero conectadas, comparten discursos y estrategias de contestación al orden liberal. Este trabajo ad-vierte de las limitaciones de enfoques anclados en el nacionalismo metodológico y el eurocentrismo, proponiendo una perspectiva transnacional y multiescalar que permita comprender tanto sus especificidades nacionales, como sus interacciones y elementos comunes. Adoptar este marco facilita una interpretación del fenómeno desde su ca-rácter de proceso global en desarrollo, evitando la naturalización de modelos occidentales y destacando la agencia de las ultraderechas no europeas u occidentales.Este artigo analisa a ascensão da nova extrema direita a partir de uma perspectiva de História Global, explorando suas interconexões e fatores causais em escala global. Ele argumenta que essas forças diversas e contextualizadas fazem parte de um ciclo histórico global ligado à crise da globalização como estrutura histórica e ao declínio de uma ordem liberal hegemônica desde a crise de 2008. Por meio de redes transnacionais descentralizadas, mas conectadas, elas compartilham discursos e estratégias de contestação da ordem liberal. Este artigo adverte contra as limitações das abordagens ancoradas no nacionalismo metodológico e no eurocentrismo, propondo uma perspectiva transnacional e multiescalar que nos permite entender tanto suas especificidades nacionais quanto suas interações e pontos em comum. A adoção dessa estrutura facilita a interpretação do fenômeno como um processo global em desenvolvimento, evitando a naturalização de modelos ocidentais e destacando a agência de ultradireitistas não europeus ou não ocidentais.This paper analyses the rise of the new far right from a Global History perspective, exploring its interconnections and causal factors on a global scale. It is argued that these diverse and contextualized forces are part of a global historical cycle linked to the crisis of globalization as a historical structure and the decline of a hegemonic liberal order since the 2008 crisis. Through decentralized but connected transnational networks, they share discourses and strategies of contestation to the liberal order. This paper warns of the limitations of approaches anchored in methodological nationalism and Eurocentrism, proposing a transnational and multiscale perspective that allows for an understanding of both their national specificities as their interactions and common elements. Adopting this framework facilitates an interpretation of the phenomenon from the perspective of its nature as a developing global process, avoiding the naturalization of Western models and emphasizing the agency of non-European or non-Western far-right groups.