Derechas neopatriotas y fuerzas armadas en América Latina. Una mirada desde las relaciones civiles militares

Abstract

Este trabajo propone una contribución al estudio de las ultra derechas a partir del análisis de la interacción entre estos movimientos y las fuerzas armadas, con foco en casos latinoamericanos. A pesar de la cercanía y creciente interacción entre ambos, inclusive en Estados Unidos y países de Europa, la forma en que derechas neopatriotas y militares se relacionan no ha sido aún objeto de estudio, tanto para la literatura sobre las primeras como en el contexto del campo de las relaciones civil-militares latinoamericanas. Desde la democratización, los especialistas vienen observando avances en materia de neutralización política de las fuerzas armadas representados fundamentalmente por la ausencia de golpes de estado. Sin embargo, como argumentamos, existen formas más sutiles de involucramiento de los militares en la política que precisan ser evaluadas. En este sentido, el trabajo analiza cuatro casos – Chile, Perú, Uruguay y Brasil – en los cuales, por un lado, las ultra derechas buscan aliados en los militares – activación civil – y por otro, existen indicadores de activismo político por parte de los militares, que abandonan, así, la norma democrática de apartidismo y apoliticidad para establecer relaciones con las ultraderechas neopatriotas. A pesar de no configurar prácticas de ruptura institucional graves – como autogolpes o golpes militares – consideramos relevante incluir en la literatura una preocupación con los impactos que la interacción entre estas derechas y las fuerzas armadas tiene sobre la democracia.

Este artigo propõe uma contribuição ao estudo das ultra direitas a partir de uma análise da interação entre esses movimentos e as forças armadas, com foco em casos latino-americanos. Apesar da proximidade e crescente interação entre ambas, inclusive nos Estados Unidos e em países europeus, a forma como direitas neopatriotas e militares se relacionam ainda não foi objeto de estudo, tanto pela literatura sobre as primeiras quanto no contexto do campo das relações civis-militares latino-americanas. Desde a redemocratização, especialistas vêm observando avanços em termos de neutralização política das forças armadas, representados fundamentalmente pela ausência de golpes de Estado. Entretanto, como argumentamos, existem formas mais sutis de envolvimento dos militares na política que precisam ser avaliadas. Nesse sentido, o trabalho analisa quatro casos - Chile, Peru, Uruguai e Brasil - nos quais, por um lado, a extrema direita busca aliados nos militares - ativação civil - e, por outro, há indicadores de ativismo político da parte dos militares, abandonando assim a regra democrática de apartidarismo e natureza apolítica para estabelecer relações com a extrema-direita neopatriótica. Apesar de não configurarem práticas de ruptura institucional grave – como autogolpes ou golpes militares – consideramos relevante incluir na literatura uma preocupação com os impactos que a interação entre esses grupos de direita e as forças armadas tem sobre a democracia.

This paper proposes a contribution to the study of far-right forces based on the analysis of the interaction between these movements and the armed forces, with a focus on Latin American cases. Despite the closeness and growing interaction between both, including in the United States and European countries, the way in which right-wing neopatriot and the military relate to each other has not yet been the object of study, both for the literature on the former nor in the field of Latin American civil-military relations. Since democratization, scholars have observed advances in terms of political neutralization of the armed forces, mainly in the absence of coups d’état. However, as we argue, there are more subtle forms of military involvement in politics that need to be more closely evaluated. In this sense, the paper analyzes four cases - Chile, Peru, Uruguay and Brazil - in which, on the one hand, the far right seeks allies in the military - civil activation - and on the other, there are indicators of political activism on the part of the military, thus abandoning the democratic rule of non-partisanship and apolitical nature to establish relations with the neo-patriotic far-right. Despite not configuring practices of serious institutional rupture – such as self-coups or military coups – we consider it relevant to include in the literature a concern with the impacts that the interaction between these right-wing groups and the armed forces has on democracy