In the Middle: Queer intentions in "El rapto del Santo Grial" (1984) and "Historia del Rey Transparente" (2005)
Loading...
Full text at PDC
Publication date
2018
Authors
Advisors (or tutors)
Journal Title
Journal ISSN
Volume Title
Publisher
Instituto de Literatura Comparada Margarida Losa
Citation
Gonçalves Soares, Ana Rita. «In the Middle: Queer Intentions in “El rapto del Santo Grial” (1984) and “Historia del Rey Transparente” (2005)». Cadernos de Literatura Comparada, n.º 39, diciembre de 2018, pp. 201-220, https://doi.org/10.21747/21832242/litcomp39a13
Abstract
ABSTRACT: This article examines non-normative figurations of the Middle Ages in two contemporary Spanish novels: Paloma Díaz-Mas’ “El rapto del Santo Grial” and Rosa Montero’s “Historia del rey transparente”. Drawing on Carolyn Dinshaw’s notion of a “queer touch across time”, this study focuses on how chronological narrative emplotment of conventional historiography is "bent" and even "broken", as the two novels court a postmodern penchant for anachronism, non-linearity, irony, pastiche and “strangeness” that refuses to understand past and present as discrete and distinct. Both Paloma Díaz-Mas and Rosa Montero’s novels are presented as rehearsing familiar myths and stories – the Arthurian cycle, the Holy Grail, the heroic quest – in order to advance alternative, feminist inflected versions critical of a hetero-patriarchal system whose naturalised grounding in the Middle Ages continues to haunt the present.
RESUMO: Este artigo analisa as representações não-normativas da Idade Média em duas narrativas espanholas contemporâneas: “El rapto del Santo Grial” de Paloma Díaz-Mas e “Historia del rey transparente” de Rosa Montero. Partindo da formulação de Carolyn Dinshaw de um “queer touch across time”, este estudo analisa o modo como o enredo narrativo cronológico da historiografia convencional é “dobrado” e até mesmo “quebrado”, quando os dois romances recorrem à propensão pós-moderna para o anacronismo, a nãolinearidade, a ironia, o pastiche e a “estranheza”, recusando-se a entender o passado e o presente como discretos e distintos. Tanto a novela de Paloma Díaz-Mas como a de Rosa Montero são apresentadas como representações de mitos e histórias familiares – o ciclo artúrico, o Santo Graal, a viagem heroica – com o objetivo de apresentar versões feministas alternativas e críticas de um sistema hétero-patriarcal cuja fundamentação naturalizada na Idade Média continua a assombrar o presente.
RESUMO: Este artigo analisa as representações não-normativas da Idade Média em duas narrativas espanholas contemporâneas: “El rapto del Santo Grial” de Paloma Díaz-Mas e “Historia del rey transparente” de Rosa Montero. Partindo da formulação de Carolyn Dinshaw de um “queer touch across time”, este estudo analisa o modo como o enredo narrativo cronológico da historiografia convencional é “dobrado” e até mesmo “quebrado”, quando os dois romances recorrem à propensão pós-moderna para o anacronismo, a nãolinearidade, a ironia, o pastiche e a “estranheza”, recusando-se a entender o passado e o presente como discretos e distintos. Tanto a novela de Paloma Díaz-Mas como a de Rosa Montero são apresentadas como representações de mitos e histórias familiares – o ciclo artúrico, o Santo Graal, a viagem heroica – com o objetivo de apresentar versões feministas alternativas e críticas de um sistema hétero-patriarcal cuja fundamentação naturalizada na Idade Média continua a assombrar o presente.