Leitura, apropriação, protesto e conversação: expressões sonoras no espaço público
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Publication date
2017
Authors
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Editors
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Publisher
Orfeu Negro
Citation
Andueza Olmedo, María. "Leitura, apropriação, protesto e conversação: expressões sonoras no espaço público" en Performance na esfera pública, Ana Pais (ed). Lisboa: Orfeu Negro, 2017, pp. 107-116
Abstract
Neste testo, pretendo examinar outras maneiras de pensar a criação sonora que partem da temporalidade e da análise crítica em relação ao conceito de espaço nos territórios urbanos. Um espaço que – como afirma Doreen Massey – se pode conceptualizar como produto das práticas, das relações e das desconexões, mas também como a dimensão de multiplicidade e, por último, como uma produção que está sempre em curso. Nesta abordagem, aparecem ainda outros aspectos que são centrais. O primeiro é o alcance destas propostas, que vai além do meio sonoro e, portanto, nalguns casos, da própria disciplina da arte sonora. Este facto faz com que, por distanciamento com outras práticas como as anteriormente assinaladas, as obras que trabalham nesta linha possam ficar à margem dos estúdios sonoros. O segundo tema gira em torno da formalização destas obras, que habitualmente se concretizam como acções ou performances no espaço público. Estes dois temas encontram abrigo na expressão «Art in the public interest» (arte no interesse público) que Arlene Raven associou a um conjunto de práticas socialmente comprometidas que tiveram lugar nos anos 80 . Contudo, a actualidade deste conceito traduz-se hoje em práticas que tornam manifesta uma das vertentes sobre as quais a revista Aural focou a sua atenção neste número: as práticas ligadas ao território que têm implícita uma reflexão crítica sobre a relação dos cidadãos com a paisagem urbana.